sábado, 24 de janeiro de 2009

A criança que pensa em fadas


A CRIANÇA que pensa em fadas e acredita nas fadas
Age como um deus doente, mas como um deus.
Porque embora afirme que existe o que não existe
Sabe como é que as cousas existem, que é existindo,
Sabe que existir existe e não se explica,
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,
Sabe que ser é estar em algum ponto
Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer.
Alberto Caeiro

COLHER AMORAS


Ninguém nas veredas e nada, nada além das amoras,
Amoras de ambos os lados, embora mais à direita
Uma aléia de amoras descendo em curva e um mar
Se alçando lá no fim. Amoras
Grandes como o meu polegar e a silenciar como olhos
De ébano nas sebes, gordasDe sumo azul-vermelho. O sumo esbanjam entre meus dedos.
Eu não pedira esta fraternidade de sangue: — elas na certa me amam.
E se acomodam em meu jarro, achatando-se os lados.



No alto, as gralhas negras, revoada cacofônica
— Pedaços de papel queimado girando num céu a pleno.
É delas a única voz protestando, protestando...
Acho que o mar não aparecera.
As campinas altas e verdes resplandecem como acesas por dentro.
Chego a um arbusto cheio de amoras tão maduras que o arbusto é de moscas
Pendentes, suas barrigas verde-azuladas e os vitrais das asas numa tela chinesa.
A festa de mel das amoras alvoroçou-as. Elas acreditam no céu.
Uma curva mais: amoras e arbustos terminam.



Tudo o que vem agora é o mar.
De entre dois morros uma súbita brisa se afunila em direção a mim
E me esbofeteia a face.Esses montes são muito verdes e doces para quem provou sal.
Entre eles, sigo a trilha das ovelhas. Numa última curva
Alcanço a face norte dos montes, cor de laranja e rocha
E a face olha para nada, nada exceto um grande espaço
De luzes brancas metálicas; nada exceto um ruído de ferramentas sobre a prata,
Os golpes e golpes contra um metal intratável.



- Sylvia Plath

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

E depois de dias em que meu coração bateu turbulento me vem você com coisas doces que minha inocencia de criança não entende.
Ou não entendo por não te saber, pq você sempre fez confusão na minha cabeça, pq você sempre me deixou pendurada na janela e eu sempre a pensar se pulava ou não pulava, se você realmente estava tentando dizer o que queria dizer ou não... ou talvez fosse tudo invensão da minha cabeça.
Chegou um momento em que estávamos no quarto e eu já não precisava de um espaço maior. Ficar na cama te olhando com nossos livros, cigarros e discos em volta já era o suficiente. Já era o suficiente porque o quarto ficava quente por causa do seu calor, por causa das batidas descompassadas do seu coração tavez aflito por também não saber se o que eu dizia queria dizer aquilo mesmo. Mas você continuava ali e nós dois em silêncio até que eume movia e encostava em você... me achava nos seus braços como pessoa no mundo conseguia fazer. Você me disse isso uma vez, lembra? E ai você me embalava e cantava it must be love com voz suave e baixa e se lembrava que eu adoro as caixinhas de músicas, mas que já não tinha nenhuma e então me repreendia dizendo que se eu não tivesse me estourado em ódio, não teria atacado as caixinhas na parede e ainda restaria alguma para ajuda-lo a me embalar e começou a rir quando se lembrou dos acontecidos, dos vários dias diferentes, dos motivos. Disse que eu ainda era um botão de rosa, insegura... insegura e calou-se novamente. Foi nesse momento que meusolhos se encheram de lágrimas novamente e o choro foi inevitável. Você olha pra mim e nessa hora seus olhos estão tão estáticos dentro dos meus olhos que por um incrível momento eu já não sei o que pensar e as palavras saem doidas por entre meus lábios cortados do frio, apenas um não me deixe curto e grosso. E aí você responde que é pra eu parar de besteira, que você está ali enquanto podia estar em qualquer outro lugar. Mas mesmo assim, ainda não sei o que pensar. O medo ainda percorre meu corpo inteiro me fazendo estremecer, mas você abraçado comigo, pensa que é o frio e me abraça cada vez mais forte e cada vez mais eu tremo e cada vez mais desejo que esse momento não acabe nunca. Mas eu durmo e você dorme, e ali ficamos assim... E todo aquele medo que eu queria que fosse embora, se perde por entre nos sonhos que eu não tenho...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O tempo fecha.Sou fiel aos acontecimentos biográficos.Mais do que fiel, ah, tão presa! Esses mosquitos que não largam! Minhas saudades ensurdecidas por cigarras! O que faço aqui no campo declamando aos metros versos longos e sentidos? Ah que estou sentida e portuguesa, e agora não sou mais veja, não sou mais severa e ríspida: – agora sou profissional.

uma e dezoito


Tarde aprendi
bom mesmo
é dar a alma como lavada.
Não há razão
para conservar este fiapo de noite velha.
Que significa isso?
Há uma fita
que vai sendo cortada
deixando uma sombra
no papel.
Discursos detonam.
Não sou eu que estou ali
de roupa escura
sorrindo ou fingindo ouvir.
No entanto também escrevi coisas assim,
para pessoas que nem sei mais quem são,
de uma doçura venenosa de tão funda.
Ana C.

O nosso amor está acima das coisas desse mundo

Olha, antes do ônibus partir eu tenho uma porção de coisas pra te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe, dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas, compreende? Olha, falta muito pouco tempo, e se eu não te disser agora talvez não diga nunca mais, porque tanto eu como você sentiremos uma falta enorme dessas coisas, e se elas não chegarem a ser ditas nem eu nem você nos sentiremos satisfeitos com tudo que existimos, porque elas não foram existidas completamente, entende, porque as vivemos apenas naquela dimensão em que é permitido viver, não, não é isso que eu quero dizer, não existe uma dimensão permitida e uma outra proibida, indevassável, não me entenda mal, mas é que a gente tem tanto medo de penetrar naquilo que não sabe se terá coragem de viver, no mais fundo, eu quero dizer, é isso mesmo, você está acompanhando meu raciocínio?
Falava do mais fundo, desse que existe em você, em mim, em todos esses outros com suas malas, suas bolsas, suas maçãs, não, não sei porque todo mundo compra maçãs antes de viajar, nunca tinha pensado nisso, por favor, não me interrompa, realmente não sei, existem coisas que a gente ainda não pensou, que a gente talvez nunca pense, eu, por exemplo, nunca pensei que houvesse alguma coisa a dizer além de tudo o que já foi dito, ou melhor pensei sim, não, pensar propriamente dito não, mas eu sabia, é verdade que eu sabia, que havia uma outra coisa atrás e além das nossas mãos dadas, dos nossos corpos nus, eu dentro de você, e mesmo atrás dos silêncios, aqueles silêncios saciados, quando a gente descobria alguma coisa pequena para observar, um fio de luz coado pela janela, um latido de cão no meio da noite, você sabe que eu não falaria dessas coisas se não tivesse a certeza de que você sentia o mesmo que eu a respeito dos fios de luz, dos latidos de cães, é, eu não falaria, uma vez eu disse que a nossa diferença fundamental é que você era capaz apenas de viveras superfícies, enquanto eu era capaz de ir ao mais fundo, você riu porque eu dizia que não era cantando desvairadamente até ficar rouca que você ia conseguir saber alguma coisa a respeito de si própria, mas sabe, você tinha razão em rir daquele jeito porque eu também não tinha me dado conta de que enquanto ia dizendo aquelas coisas eu também cantava desvairadamente até ficar rouco, o que eu quero dizer é que nós dois cantamos desvairadamente até agora sem nos darmos contas, é por isso que estou tão rouco assim, não, não é dessa coisa de garganta que falo, é de uma outra de dentro, entende? Por favor, não ria dessa maneira nem fique consultando o relógio o tempo todo, não é preciso, deixa eu te dizer antes que o ônibus parta que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente, você não cresceria se eu a mantivesse presa num pequeno vaso, eu compreendi a tempo que você precisava de muito espaço, claro, claro que eu compro uma revista pra você, eu sei, é bom ler durante a viagem, embora eu prefira ficar olhando pela janela e pensando coisas, estas mesmas coisas que estou tentando dizer a você sem conseguir, por favor, me ajuda, senão vai ser muito tarde, daqui a pouco não vai mais ser possível, e se eu não disser tudo não poderei nem dizer e nem fazer mais nada, é preciso que a gente tente de todas as maneiras, é o que estou fazendo, sim, esta é minha última tentativa, olha, é bom você pegar sua passagem, porque você sempre perde tudo nessa sua bolsa, não sei como é que você consegue, é bom você ficar com ela na mão para evitar qualqueratraso, sim, é bom evitar os atrasos, mas agora escuta: eu queria te dizer uma porção de coisas, de uma porção de noites, ou tardes, ou manhãs, não importa a cor, é, a cor, o tempo é só uma questão de cor não é? Por isso não importa, eu queria era te dizer dessas vezes em que eu te deixava e depois saía sozinho, pensando também nas coisas que eu não ia te dizer, porque existem coisas terríveis, eu me perguntava se você era capaz de ouvir, sim, era preciso estar disponível para ouvi-las, disponível em relação a quê? Não sei, não me interrompa agora que estou quase conseguindo, disponível só, não é uma palavra bonita? Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?
Dolorido-colorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender, melhor, claro que eu dou um cigarro pra você, não, ainda não, faltam uns cinco minutos, eu sei que não devia fumar tanto, é eu sei que os meus dentes estão ficando escuros, e essa tosse intolerável, você acha mesmo a minha tosse intolerável? Eu estava dizendo, o que é mesmo que eu estava dizendo? Ah: sabe, entre duas pessoas essas coisas sempre devem ser ditas, o fato de você achar minha tosse intolerável, por exemplo, eu poderia me aprofundar nisso e concluir que você não gosta de mim o suficiente, porque se você gostasse, gostaria também da minha tosse, dos meus dentes escuros, mas não aprofundando não concluo nada, fico só querendo te dizer de como eu te esperava quando a gente marcava qualquer coisa, de como eu olhava o relógio e andava de lá pra cá sem pensar definidamente e nada, mas não, não é isso, eu ainda queria chegar mais perto daquilo que está lá no centro e que um dia destes eu descobri existindo, porque eu nem supunha que existisse, acho que foi o fato de você partir que me fez descobrir tantas coisas, espera um pouco, eu vou te dizer de todas as coisas, é por isso que estou falando, fecha a revista, por favor, olha, se você não prestar muita atenção você não vai conseguir entender nada, sei, sei, eu também gosto muito do Peter Fonda, mas isso agora não tem nenhuma importância, é fundamental que você escute todas as palavras, todas, e não fique tentando descobrir sentidos ocultos por trás do que estou dizendo, sim, eu reconheço que muitas vezes falei por metáforas, e que é chatíssimo falar por metáforas, pelo menos para quem ouve, e depois, você sabe, eu sempre tive essa preocupação idiota de dizer apenas coisas que não ferissem, está bem, eu espero aqui do lado da janela, é melhor mesmo você subir, continuamos conversando enquanto o ônibus não sai, espera, as maçãs ficam comigo, é muito importante, vou dizer tudo numa só frase, você vai ......... ............ ...... sim, eu sei, eu vou escrever, não eu não vou escrever, mas é bom você botar um casaco, está esfriando tanto, depois, na estrada, olha, antes do ônibus partir eu quero te dizer uma porção de coisas, será que vai dar tempo? Escuta, não fecha a janela, está tudo definido aqui dentro, é só uma coisa, espera um pouco mais, depois você arruma as malas e as botas, fica tranqüila, esse velho não vai incomodar você, olha, eu ainda não disse tudo, e a culpa é única e exclusivamente sua, por que você fica sempre me interrompendo e me fazendo suspeitar que você não passa mesmo duma simples avenca? Eu preciso de muito silêncio e de muita concentração para dizer todas as coisas que eu tinha pra te dizer, olha, antes de você ir embora eu quero te dizer quê.


FUI. Você me fez acreditar. Você sempre faz....

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Ó Deus, não permita que esses pobres mortais estraguem meu humor que eu tanto demorei pra moldar belo e calmo.

vinte e um e sinquenta e sete


eu queria mesmo era ser uma atriz. ser um pouco de tudo a cada minuto. me apaixonar verdadeiramente por tdas as pessoas do mundo. conseguir a tão sonhada paz de espirito. queria ser isso pq só assim seria oq realmente sou. oq eu sou?? posso ser modelo, eletricista, recepcionista.. mas nunca deixarei de ser uma alcoolatra. essa é minha essencia? só sou triste pq minha memória ainda existe. ela deve ser esvaziada, morrer todo fim do dia, só assim a frustração vai embora. escolhas? eu escolhi isso.. e aquilo, e aquilo outro também. e qual o problema? eu posso ser e ter tudo q eu quiser. mas... toda bunda tem um preço. qual será o meu? no fundo ninguem sabe a minha verdade, como eu nao sei a verdade de ninguem. dizem q sou fugitiva... sempre tenho uma tecnica impecavel pra sair das situações, sou de sedutora a agressiva. dizem q sou médica, entendo de remedio pra caralho. dizem q sou uma bomba... um vendaval. por onde paço faço diferença, boto o mundo abaixo, mas deixo marcas transparentes. as pessoas só tem como provar minha existencia por causa de algumas polaroids q acabo deixando no bolso de algum cara atraente. Mas pro mundo, eu nunca estive lá. ficar preso a si mesmo é igual morrer. Quero ser o néctar dos deuses, dividir com eles, ser tudo... e não ter rótulos e ser nada. aqui corre sangue de mim, de prostituta, de filha da puta, de santo, de deus, de vc, da puta que pariu. mas eu sou livre. estou partindo pra ser uma outra de verdade. sem encenação ou truquezinho.to indo voar e explodir essa bomba.

dezoito e trinta e quatro


Entre meus devaneios eu percebi que eu já não faço mais parte de muita coisa. Já não faço mais parte daquilo que pensava que fosse eterno, daquilo que eu podia jurar que era verdadeiro, mas nunca foi. Existem coisas na nossa vida que não passam de surperficiais, pena que os erros cometidos não são superficiais. Ultimamente a vida tem que mostrado que ninguém é insubstituivel, e onde eu pensei que eu fosse, fui a primeira a ser chutada pra fora.

Assim a gente não tem mais nem vontade de ver aqueles velhos quadros, eles soam falsos demais, superficiais demais. Você olha uma pintura que era sua realidade e dá meia volta e olha de novo, a cena toda mudou... aquilo já te parece tão distante, como se nunca tivesse acontecido, como se fosse apenas um sonho, como um sono que durou anos.

Não adianta insistir, as coisas já não são as mesmas, nem nunca vão voltar.

Será que eu to perdendo tempo vivendo assim, achando coisas... tirando conclusões, perdendo amigos, perdendo oportunidades, perdendo os minutos que correm no meu relógio?! Ou será que tudo isso que eu acho que estou perdendo, eu to ganhando?

Tenho sonhado e desejado que isso passe. Quero tanto achar as pessoas certas e conseguir fazer as escolhas certas em mim mesma e pra mim mesma, mas tá muito dificil.

Enquanto isso continuo a sonhar.... e a sonhar....

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009


eu tenho algumas confissoes a fazer. em nenhum momento eu disse que é fácil. é meio complicado o ato de simplesmente confessar tudo que vem guardado, aqueles segredos íntimos, aquilo que ninguem pode saber jamais, mas lá vou eu.quando eu te conheci, eu era uma pessoa... digamos... o copo metade cheio, metade vazio.. você sabe, ninguem melhor do que você pra saber como eu sou, como fui.você conseguiu me acrescentar tanta coisa, conseguiu me direcionar em coisas da minha vida que eu nem via uma saida legal. eu estava procurando coisas diferente do que eu já conhecia, mas nao sabia nem por onde começar. eu queria livros novos, assuntos novos e me vem você com uma revolução na minha vida. vem e despeja em mim um balde de informação. tudo isso contribuiu para que eu me tornasse o que sou hoje. toda vez que conversava com você, sempre foi incrivel. você sempre me fez pensar em coisas que eu não pensaria sozinha, o não obvio. você me fez viajar por historias... aquelas velhas historias que você me conta, aqueles velhos contos, alguns que quase sempre chorei e muitas vezes evitei. também tem aquelas historias que você lê, elas já tem outros donos, mas é um pouquinho sua também. enfim... todas essas coisas e muitas outras mais, contribuiram pra formar uma opinião. eu aprendi a gostar de coisas que hoje eu sei que realmete importam, pq de uma fase da minha vida que não foi muito legal, foi o que me restou de bom. o que posso dizer também é que... É VOCÊ. eu sou você, sou parte de você. Você me ensinou, me fez aflorar e desabrochar. me fez alcançar parte de mim mesma que talvez sozinha, eu nunca descobrisse. você despertou o meu eu adormecido, o verdadeiro ser e o verdadeiro amor. agora eu sou isso, a soma de tudo que você trouxe à tona. apartamento no centro, calcinha no sofá, bitucas pelos cinzeros na sala, vinil dos stones, livros, lembrando os bons tempos, os maus tempos, as dores, as alegrias...silencio, silencio de quem está satisfeito só digerindo toda a ideia que está a sua volta...

palavras não são mais necessárias. eu te amo e isso basta.mas enquanto esse dia não chega... enquanto vc não entra por aquela porta, contino a me confessar comigo mesma e suar frio ao ceder e te mostrar tudo isso que eu sou e quero que você saiba.continuo insistindo naquela velha ideia: mantenha sempre sua vida ao meu alcance.. se isso pode te fazer feliz e não hesite em nenhum momento se lembrar da mulher que hoje diz, sem nenhum vetígio de arrependimento: EU TE AMO E PRA SEMPRE AMAREI.